28 agosto 2010

(nenhum título)

Já que está passando Horário Eleitoral Gratuito (obviamente gratuito) e eu estou esperando minha pizza chegar, resolvi vir falar a respeito de uma coisa muito importante (pra mim e pra minha mãe): minha vida. Mais precisamente do IBOPE que ela causa.

O ibope é um dos objetivos mais cobiçados pela sociedade, desde os primórdios. É algo que me persegue e que eu repugno. Nem todo mundo nasce pra protagonizar, eu não gostaria, mas parece que o destino me força a ser protagonista. É basicamente uma novela da vida real onde eu alterno a mocinha e a vilã (muito mais mocinha, acreditem). Como em qualquer novela existem muitos figurantes... grandes figuras! Existem os telespectadores (assíduos, por sinal), os fãs que elogiam meu "trabalho" e, claro, os que invejam e criticam. E haja comentários!

Independente de onde eu vá, seja pra faculdade, bar, restaurante, churrasco, ou mesmo que eu fique em casa, sempre haverá gente cuidando da minha vida. Quanto a isso não preciso me preocupar, não faltam paparazzis.

Eu tenho alguns amigos, não muitos, mas são o suficiente. Já perdi alguns também, mesmo não concordando com a possibilidade de alguém se tornar substancialmente um ex-amigo. Meus amigos nunca estão juntos, tenho amigos de várias tribos. Os que moram longe, os que ficam longe por opção, os que estão sempre presentes de alguma forma, os mais-que-presentes e os onipotentes. Eu os amo, ainda que muitas vezes me irritem e me despertem a vontade súbita de defenestrá-los.

Outra coisa interessante sobre mim é que eu tenho um encosto. Eu não gosto dele e aparentemente é recíproco. Sei lá... queria que ele me deixasse em paz, mas eu acredito que o tenha seduzido sem querer e tenha despertado um amor (ou ódio) platônico e doentio. Não adianta, já discutimos a relação, já pedi pra ele ir, mas não me abandona. Um dia eu "munto" no pescoço dele e me vingo. (Sacanaaaaaaaagem, Encosto! Fica tranquilo, não tenho a mínima pretensão de ser encosto de alguém. Não sonho com isto.)

Falando em sonho, o meu é um tanto complexo: quero ser uma ótima profissional, quero construir minha vida de forma bem estável, isso obviamente inclui não me casar (...) quero ter uma filha (menina, de preferência... a Sophie), e que ela só venha na hora certa (hora certa = quando eu tiver plenas condições monetárias e psicológicas) e, prioritariamente, quero ser motivo de orgulho para meus pais e poder retribuir tudo que eles fizeram a vida inteira por mim com todo amor e devoção.

E já que toquei nesse assunto, amor é uma palavra pouco cotada na minha vida. Não no sentido maternal/paternal, este sim ocupa toda a minha essência e sem ele eu jamais seria alguém. Talvez este amor ocupe o lugar de outros amores. Egoísta! Muitas pessoas sofrem por desamores, eu também. Acontece que eu sequer chego a amar, é muito difícil despertar esse sentimento em mim, e acreditem, é terrível se sentir uma pedra.

Eu também tenho uma certa facilidade pra esquivar problemas quando o caso me interesse. É um talento reconhecido e bem aproveitado pelos meus amigos em suas façanhas de presepadas. Cada proeza inefável. Espero que esse Dom Divino nunca se esgote, minha vida profissional agradeceria as engenhosas e criativas resoluções de litígios. Lides complexas, diga-se de passagem.

Tenho inúmeros defeitos também. Sou chata pra caramba, teimosa e muuuuito pirracenta. Porém sou uma boa amiga e uma boa companhia pra pessoas pacientes. (HAHAHA!)

Bom, minha pizza chegou, vou me fartar sozinha (já que eu não tenho mais um namorado), assistir um filme, e praticar autismo. Sábado à noite em cidade pequena pode ser muito mais seguro dentro de casa. A guerra de línguas já me desgastou muito por hoje, vou abstrair e aguardar o dia mais tedioso da semana (domingo).

Boa noite pra vocês, à partir de agora estou inoperante, hibernando bem longe das redes sociais.