01 dezembro 2010

LISPECTOR, Clarice.


Mas o fato é que, mesmo não me entendendo, vou lentamente me encaminhando - e também para o quê, não sei. De um modo geral, para mais amor por tudo. E embora a palavra humano me arrepie um pouco, de tão carregada de sentidos variados e vazios, sinto que me encaminho para o mais humano. Entro com sofismas para me defender. Explicável, porque sempre tive que me defender muito, e com sofismas se consegue. Talvez, quem sabe, eu que agora me defendo menos, largue pelo caminho o raciocínio-sofisma. De agora em diante eu gostaria de me defender assim: é porque eu quero. E que isso bastasse.